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Libras e inclusão social dos surdos são destaques no Café com o Unicerp

11/07/2019

O Café com o Unicerp desta quarta-feira, 11, abordou a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a inclusão dos surdos na educação e no mercado de trabalho. Os convidados do programa foram a docente do UNICERP Vania Abadia de Souza Ferreira e o pedagogo Reinaldo de Lima.

Em entrevista a Nilton César, na Rádio Difusora 95,3FM, durante o programa Show da Manhã, a professora explicou sobre a Libras, reconhecida em 2002 e que hoje é a segunda língua mais utilizada no país, atrás apenas da Língua Portuguesa.

Segundo a Prof.ª Vânia, o UNICERP conta com vários projetos que levam a inclusão da comunidade surda para vários ambientes de Patrocínio e região. “O Uniparti, por exemplo, é um dos programas que ensinou a Libras para a terceira idade, e que apresentou repercussões significativas. Além disso, tem também a Campanha Setembro Azul que foi uma iniciativa do curso de Pedagogia com outros cursos do UNICERP, que tem como objetivo a valorização da sociedade surda do Brasil. É importante que se tenha muita dedicação por ser uma língua visual/espacial”, esclareceu.

 

Inclusão no ensino e nas empresas

Reinaldo de Lima é surdo e se formou em Pedagogia pelo Centro Universitário do Cerrado Patrocínio em 2015. De acordo com o pedagogo, alguns amigos e colegas de trabalho conseguem manter uma comunicação através de sinais.

“No meu ambiente de trabalho não encontro dificuldades. Comunico-me com os meus amigos através da oralidade e alguns já sabem se comunicar comigo por meio da Língua Brasileira de Sinais. No trabalho eu me adapto da melhor forma”, contou.

Reinaldo de Lima explicou que nasceu surdo em função de um quadro de rubéola da mãe durante a gestação. Ele também destacou sobre a sua trajetória, desde a educação básica até chegar ao ensino superior. “Em 2012, comecei o curso de Pedagogia. Apresentei o Trabalho de Conclusão em Língua de Sinais. Hoje, trabalho em um supermercado e no setor administrativo do UNICERP”, finalizou.  

“A inclusão está em um processo de desenvolvimento. Existe a lei de inclusão que garante os recursos acessíveis, como as janelinhas de tradução, os intérpretes e o uso de legendas. Além disso, nas escolas comuns tem atendimento educacionais especializados para os alunos que possuem deficiência auditiva. São coisas mínimas, mas que fazem toda a diferença na vida dos surdos”, complementou a professora Vânia. 

 

Por Ana Caroline Anselmo (Comunicação UNICERP) | Fotos: Luiz Costa Júnior

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