Novo Fies, veja o que muda no Financiamento estudantil

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa criado pelo Ministério da Educação (MEC) em 1999 com o objetivo de facilitar o acesso de jovens de baixa renda ao ensino superior.

Desde sua criação, ele já passou por diversas mudanças, sendo a mais recente implementada em 2018, originando o novo FIES.

Confira, a seguir, quais foram as principais mudanças realizadas pelo governo e como elas podem impactar o seu sonho de entrar para a faculdade.

 

O que é o novo FIES

O novo FIES é a mais nova iniciativa do Governo Federal para continuar assegurando o acesso ao ensino superior de quem não tem condições de bancar os custos de uma faculdade particular.

Na verdade, desde sua criação, o FIES já teve diversos modelos de funcionamento.

No entanto, os cortes orçamentários do Ministério da Educação (MEC), somados ao alto índice de inadimplência do programa, obrigou o governo a rever as regras para 2018, criando o novo FIES.

De acordo com o MEC, as mudanças têm o objetivo de garantir a sustentabilidade e continuidade do programa, diminuindo a inadimplência que, segundo dados do ministério, chegaram quase a 50%.

 

O que mudou no novo FIES

As regras do novo FIES começaram a valer para os contratos firmados a partir do primeiro semestre de 2018. O estudante que já tem contrato em andamento poderá migrar para as novas regras.

Algumas coisas não mudaram, como, por exemplo, a obrigatoriedade do aluno realizar o ENEM e a não cobertura da modalidade EAD.

As mudanças implementadas no novo FIES dizem respeito a taxa de juros, ao prazo de pagamento da dívida e ampliação da faixa de renda para os interessados em financiarem o curso superior.

O prazo de carência anterior para o início do pagamento da dívida, que era de 18 meses a partir da conclusão do curso, foi finalizado.

Na nova edição, o estudante deverá iniciar o pagamento assim que se formar. Caso esteja empregado, haverá um desconto automático na folha de pagamento. Esse desconto vai variar de acordo com a renda do aluno.

Quem estiver desempregado, pagará uma parcela mínima, similar a que foi paga durante o curso.

Outra grande mudança do novo FIES está na criação de tipos ou modalidades de financiamento. Agora são 3 categorias, com características particulares e atendendo a diferentes faixas e perfis de alunos.

 

Como funciona o novo FIES

O novo FIES abre inscrições no início de cada semestre letivo. Os alunos selecionados passam a contar com a ajuda financeira do Governo Federal, que pagará as mensalidades do curso, até a conclusão do mesmo.

Para ter direito ao FIES o estudante deverá cumprir os seguintes requisitos: ter feito uma das edições do ENEM a partir de 2010, ter média igual ou superior a 450 pontos e não ter zerado a redação.

A seleção leva em consideração diversos critérios, além da nota do ENEM, como curso escolhido, local e quantidade de vagas disponíveis.

Cumprida esta primeira etapa, o aluno deverá realizar sua candidatura exclusivamente pela internet, no site de inscrições do novo Fies, o SisFIES.

Em caso de pré-seleção em uma das vagas disponíveis para financiamento, o estudante deverá complementar informações da sua inscrição e, posteriormente, a contratação do financiamento.

Cumpridos estes requisitos, o candidato será enquadrado em uma das modalidades de financiamento, considerando sua faixa de renda per capita.

 

Modalidade do Novo Fies

Para saber a renda per capita, o estudante deve somar o salário de toda família e dividir o resultado pelo número de membros que compõem sua família. Este valor vai determinar em qual modalidade do novo FIES ele será enquadrado.

  • Modalidade I (FIES): destinada aos estudantes com renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos. Isso significa que cada integrante da família pode ter uma renda de até R$2.862,00. Nessa modalidade, não há cobrança de juros e o aluno começará a pagar as prestações respeitando o seu limite de renda.

  • Modalidade II (PFIES): destinada às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, para os estudantes que tiverem uma renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos. Cada integrante da família pode ter uma renda de até R$ 4770,00. Esta modalidade conta com recursos disponibilizados em parceria com instituições financeiras privadas e as condições do financiamento são definidas em conjunto com a instituição de ensino. Os juros variam, podendo, inclusive, chegar a zero.

  • Modalidade III (PFIES): destinada a todas as regiões do Brasil com recursos do BNDES, que define quais serão os juros. Assim como a modalidade II, será destinada para os estudantes que tiverem uma renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos (R$ 4.770,00).

Lembrando que os valores acima foram calculados tendo como base o salário mínimo vigente, que sofre alterações anualmente.

 

Menos Juros aos Alunos

Segundo o Governo, as modalidades do novo Fies trazem como benefícios menos juros aos alunos que mais precisam, maior prazo e maior transparência com as informações e com os parâmetros de reajuste das mensalidades.

O estudante deve ficar atento as mudanças se quiser aderir ao programa do novo FIES. O programa do Governo Federal ainda é uma ótima alternativa para quem não conseguiu passar para uma universidade pública.

Através dele, o estudante pode realizar o sonho de concluir um curso superior, mesmo não podendo pagar as mensalidades.

 

Fonte: https://www.creditouniversitario.com.br/blog/novo-fies/