O que é Extensão Universitária?

De acordo com a Resolução CNE/CES nº 7 de 18 de dezembro de 2018, a extensão universitária é definida como um processo interdisciplinar, político, educacional, cultural, científico e tecnológico que promove a interação transformadora entre o UNICERP e outros setores da sociedade por meio da produção e aplicação do conhecimento em permanente relação com o ensino e/ou pesquisa.

O que é uma ação cultural, social dentro do contexto extensionista?

A Resolução 001/2022-2 da UNICERP, define como ação cultural, no âmbito do UNICERP, aquela que promove, difunde, cria, desenvolve, protege e valoriza o patrimônio histórico-cultural brasileiro e regional, considerando-se as dimensões cidadãs, simbólica, assistenciais e econômicas da cultura e de seu processo cultural.

Art. 3º A Extensão na Educação Superior Brasileira é a atividade que se integra à matriz curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico, tecnológico, que promove a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa.

Qual a importância das atividades de extensão?

O Brasil possui universidades públicas e privadas que atendem às necessidades do país e de sua população. Espalhados por todo o território do país, estiveram envolvidos no desenvolvimento econômico, social, cultural e político da nação ao longo de sua existência. Além de criarem espaços privilegiados para a produção, coleta, disseminação de informações e formação e qualificação de cidadãos profissionais competentes, possuem enorme potencial para o desenvolvimento de políticas públicas, das quais as mais importantes são a cidadania e o cidadão, nas referências e na solução de problemas nacionais, estaduais e municipais que envolvem a comunidade local.

As instituições de ensino superior, por meio de órgãos de extensão ou congêneres, devem atuar na democratização do conhecimento e, ao mesmo tempo, respeitar e utilizar o conhecimento popular local na criação de novos e mais amplos conhecimentos a serem desenvolvidos, levando em consideração as especificidades de cada comunidade em que agem para cumprir seu papel social.

Como resultado tangível da atividade, espera-se que seus próprios programas de extensão ou programas interinstitucionais sejam avaliados e implementados como consórcios, redes ou parcerias com governos federal, estadual, municipal ou organizações não governamentais, empresas privadas, fundações e associações que visam este bem comum.

Além da importância da expansão universitária como política pública, ela deve funcionar como meio de integração social, aproximando a academia das comunidades vizinhas para cumprir seu papel na comunidade. O objetivo é institucionalizar, de forma local, a extensão universitária de forma a criar uma abertura de diálogo com outros segmentos da sociedade.

É importante observar que, ao longo dos anos, o conceito de extensão universitária deixou de ser identificado apenas como a transmissão do conhecimento acadêmico àqueles segmentos da população que não têm acesso a ela. Desse modo, passou a ser reconhecido como um instrumento capaz de integrar diferentes segmentos sociais, promovendo sua inserção na estrutura acadêmica e favorecendo um processo de enriquecimento mútuo aliado à atuação social comunitária.

Eixos de trabalho das atividades extensionistas

1. Interação dialógica: Lidera o desenvolvimento das relações entre a universidade e outros segmentos da sociedade, substituindo o discurso hegemônico do saber acadêmico por novos saberes que emergem do diálogo e da troca de informações com os movimentos, organizações e campos sociais.

2. Interdisciplinaridade e multidisciplinaridade consistem em combinar perspectivas frequentemente vistas como opostas e excludentes: de um lado, a abordagem holística, que busca compreender a complexidade e a totalidade da experiência social; de outro, a abordagem especializada, que produz conhecimento a partir da análise de segmentos específicos da realidade vivida. Essa integração é possível por meio da interação entre modelos, conceitos e metodologias de diferentes áreas do saber, bem como pela formação de alianças entre setores, organizações e profissões.
3. Articular ensino, pesquisa e formação continuada: supõe-se que as atividades de formação continuada são mais efetivas se estiverem relacionadas à formação de pessoas e à criação de conhecimento, substituindo o eixo pedagógico “aluno-professor” por “aluno-professor-comunidade”.

4. Impacto na formação dos alunos: a formação acadêmica é enriquecida por meio de práticas ampliadas, tanto no campo teórico quanto no metodológico, além de favorecer o desenvolvimento de compromissos éticos e solidários. A participação dos alunos em atividades complementares deve basear-se em iniciativas que garantam flexibilidade e integração ao currículo, com objetivos bem definidos e metodologia de acompanhamento e avaliação conduzida pelo coordenador responsável.
5. Impacto e Mudança Social: atribui caráter político e social à expansão universitária, fortalecendo o papel transformador da Extensão dentro da própria instituição. Essa atuação prioriza os interesses e necessidades da maioria da população, contribui para o aprimoramento das políticas públicas e promove o desenvolvimento social e regional.